1. |
toma coisas p'ra viver
03:08
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A1
se não tens nada para dizer
toma coisas para viver
se não tens ninguém p’ra gostar
a quem te vais agarrar
B1
eu nunca vi ninguém assim
tu abres terra entre os mares
passas por mim, sorris, dizes que sim
e eu vagueio na minha mente
o que quererás de mim
A2
se não tens medo de crescer
agarra o tempo para viver
vai haver sempre alguém para amar
e outros fáceis de deixar
B2
eu nunca vi ninguém assim
tu abres terra entre os mares
passas por mim, sorris, dizes que sim
e eu vagueio na minha mente
o que quererás de mim
passas por mim, sorris, dizes que sim
e eu vagueio na minha mente
o que quererás de mim
C
porque quando te vejo
sinto coisas que não passam assim
viro o mundo ao contrário
só para te tirar de mim
B3
eu nunca vi ninguém assim
tu abres terra entre os mares
passas por mim, sorris, dizes que sim
e eu vagueio na minha mente
o que quererás de mim
passas por mim, sorris, dizes que sim
e eu vagueio na minha mente
o que quererás de mim
C2
porque quando te vejo
sinto coisas que não passam assim
Viro o mundo ao contrário
só pra te tirar de mim
só pra te tirar de mim
só pra te tirar de mim
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2. |
preguiça
03:23
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A
não tires ilações do que pareço
que eu nunca esqueço o que vais dizer
se há coisas mal resolvidas é melhor cantar
melhor pensar que fazer
A’
são só estímulos para viver
há tantas razões para cantar
B
danças singela na minha rua
e eu sem te querer agarrar
entras pela janela, ficas quase nua
menina preguiça, praga do meu lar
A2
preguiça afunda o meu estado de existir
nunca saio do sofá
tenho mais de mil razões para desistir
nem sei bem por que fico por cá
A2’
são só estímulos para viver
há tantas razões para cantar
B
danças singela na minha rua
e eu sem te querer agarrar
entras pela janela, ficas quase nua
menina preguiça, praga do meu lar
C
e quando chegas esqueço-me de tudo
abraças-me e adormeço cego surdo e mudo
B
danças singela na minha rua
e eu sem te querer agarrar
entras pela janela, ficas quase nua
menina preguiça, praga do meu lar
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3. |
(sem título)
02:51
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A
conduzimos dias a fio
naquela estrada perdida
e não chegámos nunca
porque a viagem era o destino
A2
o tempo é escasso
já só temos meia vida
se andarmos para trás
perdemos o que vem
B1
e tu, que me dizes, amor?
de nunca parares de existir
assim posso viver sem pensar
que podes um dia não estar
B1'
há tantas coisas boas e uma delas é estares perto
de que servem 10 Lisboas, se me sinto no deserto?
há tantas coisas boas e uma delas é estares perto
de que servem 10 Lisboas, se me sinto no deserto?
A3
o dia em que entenderes o meu olhar
é o dia em que eu vou deixar de te amar
B2
e tu, que me dizes, amor?
de nunca parares de existir
assim posso viver sem pensar
que podes um dia não estar
B2'
há tantas coisas boas e uma delas é estares perto
de que servem 10 Lisboas, se me sinto no deserto?
há tantas coisas boas e uma delas é estares perto
de que servem 10 Lisboas, se me sinto no deserto?
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4. |
horas
03:19
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A1
ando sempre meio despenteado
meio desconcertado, meio admirado
nunca sei bem nem onde vou, nem onde estou
para quê saber se vou para algum lado
se há nesta vida algo para eu admirar
é sempre bom ficar, sentar e esperar
B1
todos me perguntam pelas horas
e eu só sei das demoras
que vão ter de suportar
todos pensam no tempo
mas ninguém pensa no momento
enquanto está a passar
A2
nunca ando muito organizado
para quem me vê de fora
também para quê andar estruturado
se nem sei bem onde estou agora
hei de encontrar algo para me focar
também se não, fico só a descansar
B2
todos me perguntam pelas horas
e eu só sei das demoras
que vão ter de suportar
todos pensam no tempo
mas ninguém pensa no momento
enquanto está a passar
C
há tanto tempo, mas o tempo é cruel
há tanto tempo, mas ele nunca te é fiel
há tanto tempo que eu vou deixar passar
A3
eu vou andando em frente no caminho
e sei lá que pessoas vão passando a meu lado
todos dizem que pensam no vizinho
mas ninguém sabe o fim do seu fado
B3
todos me perguntam pelas horas
e eu só sei das demoras
que vão ter de suportar
todos pensam no tempo
mas ninguém pensa no momento
enquanto está a passar
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5. |
#trip1
01:32
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6. |
teu ar ruim
03:02
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A1
chegas assim
com teu ar ruim
sem eu saber
o que queres de mim
se me vou assim
ou se me queres aqui
B1
mostras-me os teus segredos
vou me entregar na tua mão
queres que esconda os meus medos
queres entender a solidão?
A2
se eu ficar por aqui
contas-me a tua história
só a mim
sem esse olhar ruim
de quem perde a trajetória
p’ra fora de si
B2
mostras-me os teus segredos
vou me entregar na tua mão
queres que esconda os meus medos
queres entender a solidão?
C
ehhhhh ahhhhh
B3
mostras-me os teus segredos
vou me entregar na tua mão
queres que esconda os meus medos
queres entender a solidão?
B4
mostras-me os teus segredos
vou me entregar na tua mão
queres que esconda os meus medos
queres entender a solidão?
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7. |
! bonus track
02:43
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caí no amor contigo
e não culpo a gravidade
se caísse sem ti eu diria:
"seria de verdade?"
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8. |
canção para ti
02:59
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//A//
sabes quando o amor acaba
e tu não tens nada a dizer
ninguém sabe ainda da desgraça
só tu sabes e era melhor não saber
como lidas com tal coisa
se o coração parou, se a paixão nos deixou
e nunca mais contes com um beijo
com tanto desejo daquelas noites de prazer
//B1//
guardei aqui esta canção para ti
p’ra te dar no dia em que acaba p’ra mim
é com pena minha que te vais assim
nunca te esqueças de mim
//A2//
e sabes quando o amor acaba
e tu não tens nada a dizer
dizes que te ocupas com os livros
mas tu nem sabes como viver
como lidas com tal coisa
não saber para onde ir, não saber o que sentir
e não ter a certeza se um dia
como por magia o amor irá aparecer
//B2//
guardei aqui esta canção para ti
p’ra te dar no dia em que acaba p’ra mim
é com pena minha que te vais assim
nunca te esqueças de mim
//C//
sei de quem tenha mudado alguém
mas nunca p’ra melhor
sempre para o lado que lhe convém
e tu quiseste mudar alguém
e não foi p’ra pior
foi para o lado que te convém
//B3//
guardei aqui esta canção para ti
p’ra te dar no dia em que acaba p’ra mim
é com pena minha que te vais assim
nunca te esqueças de mim
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9. |
temos tanta paixão
05:23
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temos tanta paixão
A1
ainda tenho os teus cabelos
na minha cama a passear
tempos de grande revolta
deixaram-nos lá ficar
está a foto no meu quarto
daquela tarde numa cidade qualquer
sinceramente de cinismo eu já estou farto
e do medo de te perder
B1
temos tanta paixão
e uma noite na mão
não, não, não, não vás
não vás, não vás, não vás
porque nunca uma distância
foi tão longa como a do Verão
A2
e ainda tenho todos os meus medos
na minha mente a vaguear
roubaste-me os meus segredos
e vendeste-os sem pensar
se pensas que eu sou fraco
fraco eu só sou de amor
mas de facto de cinismo eu já estou farto
um dia eu fujo e dás-me valor
B2
temos tanta paixão
e uma noite na mão
não, não, não, não vás
não vás, não vás, não vás
porque nunca uma distância
foi tão longa como a do Verão
“ falhei em tudo.
como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
a aprendizagem que me deram,
desci dela pela janela das traseiras da casa,
fui até ao campo com grandes propósitos.
mas lá encontrei só ervas e árvores,
e quando havia gente era igual à outra.
saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
e há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
génio? Neste momento
cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
e a história não marcará, quem sabe?, nem um,
nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
não, não creio em mim.
em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
não, nem em mim...
em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando? “
álvaro de campos, in tabacaria
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10. |
#trip2
00:46
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11. |
casal banal
03:05
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A
se estás cansada de te apaixonar
todas as vezes pela pessoa errada
agora é hora de eu te afirmar
escolher alguém que queira tudo ou nada
sem desculpas nem confusões
só queres tudo ou nada
B
ele quando chega
pensas sempre que é o tal
mas enquanto fica
vai-se tornando a pouco e pouco banal
mas tu quando chegas
nunca passas duma miúda normal
entretanto vais furando
mil corações dum jeito fatal
A2
naquele dia tão concreto
fizeste o que nunca tinhas tido coragem para fazer
e disseste do teu jeito mais honesto
que há sempre um dia p’ra acontecer
ficam mais um mês ou dois
e resolvem depois
B2
ele quando chega
pensas sempre que é o tal
mas enquanto fica
vai-se tornando a pouco e pouco banal
mas tu quando chegas
nunca passas duma miúda normal
entretanto vais furando
mil corações dum jeito fatal
C
ele e ela vão-se amando
não passam dum casal banal
ficam juntos para sempre
ou vão-se separando
nunca nada foi tão normal
B3
ele quando chega
pensas sempre que é o tal
mas enquanto fica
vai-se tornando a pouco e pouco banal
mas tu quando chegas
nunca passas duma miúda normal
entretanto vais furando
mil corações dum jeito fatal
C
ele e ela vão-se amando
não passam dum casal banal
ficam juntos para sempre
ou vão-se separando
nunca nada foi tão normal
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12. |
desassossegado
03:37
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|||
A
mostra-me lá esse teu lado
de menina solitária
para eu poder, sem querer,
deixar-me envolver
sem saber no que me estou a meter
e conta-me já, se houver algo
que eu tenha de saber de antemão
para não ficar desassossegado
descontrolado é que não, é que não
B
havia tanto para contar
mas nada para dizer
era contigo que queria estar
e era sem ti que queria viver
complicavas o pequeno prazer
não te calavas até eu dizer
“eu vou me embora antes disto aquecer”
A2
aquece-me vá,
que eu já estou deitado
e não há nada para falar
vamos só ficar, despentear
está tudo tão sossegado
e eu só quero mesmo é ficar deitado
impede-me lá de te perguntar
se é neste país que queres ficar
a procurar um futuro que não sabes prever
então tu que foste sempre de antever, de antever
B2
havia tanto para contar
mas nada para dizer
era contigo que queria estar
era sem ti que queria viver
complicavas o pequeno prazer
não te calavas até eu dizer
“eu vou me embora antes disto aquecer”
C
há algo que nunca fiz
que é explicar-te porque
e que nunca estou acordado
é exatamente como ela me diz
não há vantagem
em ser desassossegado
B3
havia tanto para contar
mas nada para dizer
era contigo que queria estar
era sem ti que queria viver
complicavas o pequeno prazer
não te calavas até eu dizer
“eu vou me embora antes disto aquecer”
|
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13. |
#trip3
00:13
|
|||
14. |
contas no estrangeiro
03:26
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|||
A
não tenho mais nada a contar
sei que tu vais acabar por me deixar
não tenho mais nada a dizer
sei que tu vais acabar por me esquecer
B
logo a mim, que nem tinha dinheiro
nem contas no estrangeiro só p’ra ti
e eu, mesmo assim, dei o meu corpo inteiro
só p’ra te ter ao pé de mim
fecha os olhos, tenta outra vez
e deita ao pé de mim
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||||
15. |
manhã
02:23
|
|||
A
roubas tempo ao dia com uma noite que não precisas
tens a cabeça a latejar com discursos confusos
tens pouco espaço para tratar de assuntos difusos
perdes horas a falar com estranhos e improvisas
A2
há milhares de livros na estante que tu queres ler
na esperança de inspiração que tu precisas p’ra escrever
o vinho espera no copo e rouba a vontade de fazer
entre falar e beber há sempre tempo para viver
B1
mas é no tempo que há entre o copo e o cigarro
ganhas ao frio e olhas p´ra lua
é esse o tempo em que procuras o momento em que te agarro
e ponho a boca em frente à tua
C
e digo que está quase a acabar
esta noite que é mais dia a começar
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