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janeiro

by Janeiro

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1.
desencanto 02:30
não me deixes cá ficar que o tempo que já deixaste passar reflecte muito acerca da tua personalidade e da tua verbalidade não tenho nada a afirmar não escreves poemas mas citas Pessoa a bailar às vezes dizes tanta merda embora não saiba viver sem ti acho que sais fora de mim então fazemos assim não entendes que o meu desencanto reside em não estares aqui e tu sentada em casa, descansada não tanto a escrever mas mais a ler tu despreocupada com a figura que dizes ter e nem num momento em mim o pensamento às vezes dizes tanta merda embora não saiba viver sem ti acho que sais fora de mim então fazemos assim não entendes que o meu desencanto reside em não estares aqui para ti cá estou eu mais uma vez impotente a escrever sem poder te tocar nem pensar só porque continuas a teimar que esta cidade não é de apaixonar
2.
pensas que és só de razão mas és mais do que uma só estás no meio do pensamento e da emoção, da razão e da tradição tens mais em ti do que deixas sair consciencializas o errado e pões tudo de lado sem sentir o fado és só rejeição tentas voltar parar de pensar sem partir não é pejorativo é só subjectivo deixa-te levar pela perspectiva e deixa de ser objectiva, sei que és capaz tens tanto tempo para pensar agora és só para sentir jogas ao lado do momento cheia de pensamento não te cansas de reflectir pensas que és só de razão mas és mais do que uma só e quando tudo é segredo as palavras ganham sentido repartido por dois que com que medo tentam o jogo da vida sem perceberem que nenhum está certo nem errado só apaixonado, só calculado, só sintetizado, só modificado pela sensação momentânea e espontânea, recebida a uma afronta maior a fronteira da distância é uma merda do pior pensas que és só de razão mas és mais do que uma só
3.
espaço 04:02
sempre que partires sem eu saber volta sem querer para depois num abraço os dois termos espaço e um escasso prazer e quando chegares tenta sem querer chegar sem eu perceber que partiste para nunca voltar no espaço de tentar nunca perder tenta partir sem eu saber que chegaste para contar do que o tempo gosta é acaso mortal é folha banal, é sensacional não não vás não não estás
4.
de Tereza e Tomás ninguém podia prever que ambos se tornassem no que nenhum queria parecer até que enfim com esse preceito e todo esse jeito de parecer não querer saber tomás despede-se do emprego sem nunca se preocupar lava janelas para com a razão ficar e mesmo assim com esse efeito e esse defeito de humano ser tereza sabia demais tereza sabia demais ela sabia demais para si entre Tereza e Sabina Tomás não sabia escolher se era o peso, a leveza, a compaixão ou o prazer até que então escolhe o conceito onde o peso não é defeito e decide conhecer tomás queria demais ele queria demais ele queria demais para si tomás é Sabina mas nunca a teria na mão tereza é Franz sem Tomás para a fundição mas é curioso que com estas rebelias discussões dentro de dicotomias se descobre o ser ninguém quer não ser mais tereza queria demais ele sabia demais para si
5.
com um cigarro na mão ´ e na outra o coração onde é que elas vão enquanto dou um gole de cerveja vejo uma boca que boceja e dinheiro numa bandeja enquanto nos tiram o que é bom ficam sentadinhos a ouvir um som e não chega tiram-nos também o nome burros com dinheiro e sem fome e o que é que nos resta uns amigos uma festa o nosso amor nesta corrupção sentimental sem um cigarro na mão e sem na outra um coração onde é que elas vão enquanto não dá para pedir cerveja vejo uma boca que boceja e nada numa bandeja
6.
andas sozinho no mundo sempre a evitar o fundo andas envolto no fumo sem rejeitar o mundano há anos que cá ando e a fórmula não a desvendo não sei se é tempo se é jogo tento conhecer mas é difícil apreender que o mar está lá para me banhar que a chuva cai sempre em dias maus que o tempo não serve só para atrapalhar que é no erro que pego para me encontrar caminhas cedo nocturno com um olhar soturno percebes que só há realidade quando buscas pela verdade é no pique da tua compreensão no auge da tua auto-depreciação em que a percepção geral vem da ilusão individual e que o mar está lá para me banhar que a chuva cai sempre em dias maus que o tempo não serve só para atrapalhar que é no erro que pego para me encontrar em paradigmas culturais distintos e nada universais os teus erros gerais são para os outros banais andas sozinho no mundo sempre a evitar o fundo

about

letras e canções de Henrique Janeiro.
letra de "conversas de quintal" por Pedro Quintal.
misturado e masterizado em Alvito por Luis Nunes (com Janeiro e Samuel Martins).
gravado e produzido em Samhouse Studios por Janeiro e Samuel Martins.
um agradecimento muito especial ao Samuel Martins, aos meus pais, meu irmão e minha morena.


um agradecimento especial a todos os músicos que gravaram comigo. cada um veio expressar o seu individualismo de forma brilhante.


disco lançado via Azáfama - Produções Artísticas, edição de autor.

credits

released April 13, 2015

todos os instrumentos tocados por Janeiro e pelo computador, à excepção de:

contrabaixo, por Tiago Martins, em "tereza e tomás" e "espaço" (Samhouse Studios)
bateria, por Pedro Costa, em "tereza e tomás" e "espaço"
teclas, por Bernardo Cruz, em "canção do erro" (Samhouse Studios)
solo de saxofone, por Rui Machado, em "espaço"
solo de air trumpet, por Salvador Sobral em "tereza e tomás" (Estúdio Vale de Lobos)

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Janeiro Lisbon, Portugal

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